Combate à Tuberculose

Data: 23/03/2017
Combate à Tuberculose

Sensibilização deve continuar elemento-chave - Apela governo da cidade de Maputo As autoridades da cidade de Maputo defendem que a sensibilização deve continuar o elemento central no combate à propagação da tuberculose, uma doença infecciosa que aflige muitas pessoas, sobretudo doentes com HIV/Sida. O apelo foi lançado, esta terça-feira, pela representante do executivo da capital do país, Virgínia Vasco.

Sensibilização deve continuar elemento-chave - Apela governo da cidade de Maputo As autoridades da cidade de Maputo defendem que a sensibilização deve continuar o elemento central no combate à propagação da tuberculose, uma doença infecciosa que aflige muitas pessoas, sobretudo doentes com HIV/Sida. O apelo foi lançado, esta terça-feira, pela representante do executivo da capital do país, Virgínia Vasco.

A fonte falava na abertura de uma exposição sobre tuberculose, que decorre nas instalações do Governo da Cidade de Maputo, em Laulane.

O evento vai retratar, durante uma semana, parte dos desafios e a história de superação de algumas pessoas que tiveram a Tuberculose Resistente a Medicamentos (diagnóstico, a luta contra a discriminação/exclusão social, o tratamento de 2 anos, o esforço para não contaminarem os mais próximos, a luta pela sobrevivência, a importância do apoio social e familiar e, em muitos casos, a cura).

A exposição é composta por fotografias e depoimentos de pessoas que combatem e ou venceram a doença, Raio X de pessoas diagnosticadas, medicamentos e como estes são doseados para o tratamento da tuberculose.

Virgínia Vasco referiu que são preocupantes os índices de infecções por tuberculose na capital do país, o que motivou a exposição.

A fonte apela ao sector da saúde a redobrar esforços para o combate a esta doença e a continuar com a sensibilização como elemento-chave.

A directora da saúde a nível da cidade de Maputo, Alice de Abreu, explicou que a tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que afecta, principalmente, os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins, membranas que envolvem o cérebro, entre outros.

Apontou que os sintomas são febres, emagrecimento, tosse por mais de duas semanas, falta de apetite, cansaço excessivo, dificuldade de respirar e dor no peito, hemoptises (expectoração com sangue).

A transmissão da doença acontece por meio da inalação de gotículas infectantes produzidas por doentes com tuberculose pulmonar.

A directora da saúde na capital do país referiu que cada paciente com tuberculose pulmonar que não se trata pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano.

Apontou que alguns factores contribuem para a disseminação da doença, tais como a pobreza e má distribuição da renda, o HIV/SIDA, a desnutrição, más condições sanitárias e a alta densidade populacional.

Avançou que fonte da infecção da maioria das crianças é um adulto ou adolescente com tuberculose pulmonar que coabitam no mesmo espaço.

“O tratamento da tuberculose pulmonar é de seis meses. No tratamento da TB Resistente, passos importantes já foram dados, através da inclusão de novos medicamentos na lista essencial, da expectativa de aprovação do protocolo para TB-XR (Tuberculose Extensamente Resistente) e da iniciativa de uma pesquisa para testar um tratamento para TB-MR mais curto (9 meses em vez de 18-24 meses) que os Médicos Sem Fronteiras, em parceria com o Programa Nacional de Controlo da Tuberculose introduziram em Maputo, em Novembro de 2015”, avançou a responsável.

Na cidade de Maputo, a taxa de cura da tuberculose foi de 84 por cento em 2014.

 

O desafio do sector da saúde a nível da cidade de Maputo no que diz respeito ao combate à tuberculose resume-se em diagnosticar e tratar de forma precoce todos os casos e atingir uma taxa de despiste de pelo menos 70 por cento e uma alta taxa de cura nos novos casos com baciloscopia positiva.