Explosão demográfica e défice de energia criam restrição de água

Data: 09/12/2015
Explosão demográfica e défice de energia criam restrição de água

A empresa pública de abastecimento de Águas da Região de Maputo, a nível da província do mesmo nome, avança que as restrições de água na cidade da Matola, província de Maputo, se devem à explosão demográfica

naquela urbe, bem como às frequentes restrições de energia eléctrica.
A justificação foi feita hoje, naquela urbe, pelo director de Águas da Região de Maputo, área operacional da Matola, Fabião Guiele, durante uma conferência de imprensa.
Na ocasião, Guiele explicou que o centro servidor que abastece a Matola, concretamente aos bairros de Mussumbuluco, Txumene, Tsalala e Machava, foi concebido, em 2010, para apenas abastecer cinco mil clientes, o equivalente a 15 mil pessoas.
Porém, explica a fonte, com a demanda à cidade da Matola, o cenário inverteu-se, por isso actualmente, o servidor da Matola abastece 100 mil pessoas.
Este facto levou a empresa a fornecer o líquido precioso por zonas e apenas durante um determinado período de cada dia. Por isso, assiste-se, em alguns bairros da Matola, ssobretudo Mussumbuluco, Txumene, Tsalala e Machava, os mais afectados, restrições da água potável. 
“Uma outra situação que leva a restrições de água é derivada dos cortes de energia”, disse a fonte.
“Não podemos abastecer os bairros todos ao mesmo tempo. Fazemos o abastecimento de água por zonas, durante algum período do dia”, avançou.
As restrições de energia eléctrica ainda prevalecem na Matola, facto que, segundo Guiele, levará a que os clientes continuem a sofrer restrições.
“Estas restrições afectam todos os bairros da Matola, assim como na cidade de Maputo. Mas não ficamos um dia sem poder levar a água aos nossos clientes”, garantiu a fonte.
Questionado se a empresa possuía ou não geradores para “assegurar” a situação durante as restrições de energia, ele confirmou que de Águas da Região de Maputo não detinham um gerador.
“Tenho de afirmar que, efectivamente, a disponibilidade de um grupo gerador é inimaginável. Se formos a olhar aquilo que é a receita da empresa, podemos dizer que ela necessitaria de quatro anos a produzir e facturar, sem usar um único metical dessa receita, para aquisição de um grupo gerador para poder movimentar o equipamento da estação de tratamento de Umbeluzi”, avançou.
Entretanto, a fonte disse que várias medidas estão ser envidadas visando garantir o fornecimento de água aos clientes da empresa, sobretudo durante a quadra festiva.
“Temos, paralelemente, com o financiamento do FIPAG (Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água) a reabilitação de uma das estações de tratamento de água no Umbeluzi que vai aumentar a nossa capacidade de cerca de 8 mil para dez mil metros cúbicos por hora”, disse a fonte.