30 mil professores vão a formação

Data: 20/10/2015
30 mil professores vão a formação

Cerca de 30 mil professores moçambicanos do ensino primário, desprovidos de conhecimentos psico-pedagógicos mas considerados imprescindíveis para a sua actividade diária, poderão beneficiar-se de uma formação psicopedagógica até finais do corrente ano.

Segundo a directora de Planificação e Cooperação do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), Antuia Soverano, já se encontram desde sexta-feira da semana corrente em Maputo oito especialistas brasileiros que vão ministrar um curso de psicopedagógia a 750 formadores de professores que, por seu turno, irão replicar a iniciativa e transmitir os conhecimentos adquiridos aos restantes 30 mil professores moçambicanos.

O início da formação dos primeiros formadores de professores, com uma duração de cinco dias, deverá arrancar segunda-feira da próxima semana.

“Nesta primeira fase do projecto, o enfoque será na formação dos formadores que irão depois trabalhar com os professores em exercício. Nós iremos atingir 750 formadores”, disse a directora de Planificação e Cooperação.

Soverano acredita que a pareceria entre os dois países irá ajudar a melhorar as competências de leitura escrita e numeracia, com maior enfoque para as primeiras classes, de modo a criar bases com vista a garantir que posteriormente os alunos possam aprender nos níveis subsequentes.

“Com esta formação, pretendemos atingir os professores em exercício, mas que ainda não se beneficiaram de uma formação psicopedagógica”, referiu, acrescentando que estarão espalhados pelo país focos de formação nas cidades da Beira (centro do país) Quelimane (centro do país), Nampula (norte do país) e Maputo, sul do país.

Por seu turno, a coordenadora da delegação, Ana de Sousa, disse que a sua equipe está motivada para trabalhar na melhoria do sistema de educação em Moçambique.

“Nós já estivemos aqui em Agosto e fizemos cinco dias de discussão com o ministério. Também foram levantadas questões e trocamos experiências. Durante esses dias, aprendemos sobre a história da educação moçambicana e as nossas opções de estratégias e metodológicas têm como objectivo dialogar com essa concepção moçambicana. Sabemos que vamos encontrar formadores que querem construir essa história bonita para os dois países.”