Moçambique poderá introduzir teste duplo

Data: 16/10/2015
Moçambique poderá introduzir teste duplo

Uma tecnologia que permite realizar um teste duplo e rápido de HIV e sífilis poderá ser introduzida no nosso país a partir do próximo ano.

Para tal o Gabinete da Esposa do Presidente da República recebeu ontem um “kit” simbólico que representa as 10 mil unidades do material a ser testado ainda este ano em diferentes unidades sanitárias do país, em particular nas consultas pré-natal.

É nos cuidados de saúde materna e infantil onde é crucial realizar-se os exames de HIV e sífilis para prevenir a contaminação directa do vírus da sida da mãe para o filho ou do aborto, para além de cegueira, surdez, malformações no feto assim como deficiência mental caso a gestante tenha sífilis.

Trata-se de uma acção que poderá ajudar a simplificar e reduzir os custos da realização do diagnóstico do vírus da sida e da infecção da bactéria Treponema pallidum,causadora dasífilis, pois o método permite em apenas 20 minutos conseguir o resultado da análise.

“É uma iniciativa que é de louvar. Estamos todos preocupados com o HIV e sífilis não só em Moçambique assim como em toda África”, sublinhou a Primeira-Dama, Isaura Nyusi, apelando a outros parceiros para aderirem a esta iniciativa assim como a outras que ajudem na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças.

Falando a-propósito, Rui Ernesto, da Brandel, instituição que representa o produto em Moçambique, explicou que os testes são produzidos na Coreia pela Standard Diagnostics, uma das maiores produtoras de testes rápidos no mundo. No nosso país já estamos a fazer o uso de alguns produtos desta instituição, como o teste rápido da malária.

“Os testes estão numa fase de introdução, daí que queremos iniciar com um estudo científico que permita validar os resultados, que são muito bons. A Organização Mundial da Saúde já recomendou o teste e vários países ao nível da África e do mundo estão a fazer o estudo deste teste. Alguns já concluíram e estão na fase de implementação, mas numa primeira fase é necessário fazer um estudo científico localmente. Em Moçambique o teste vai iniciar ainda este ano e com a duração de três meses”, explicou Rui Ernesto.

Fez saber ainda que a iniciativa enquadra-se numa mais ampla que está a decorrer através da Organização das Primeiras-Damas Africanas contra o HIV/SIDA para realização de estudos que venham permitir a introdução do teste no continente.