Nyusi diz que África precisa de investimento e conhecimento
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, destacou a promoção e modernização da agricultura, indústria, infra-estruturas, mineração, pesca, expansão da rede de abastecimento de água e energia e o turismo como algumas
das áreas que mais interessam a Moçambique na cadeia de cooperação China-África.
Intervindo hoje, em Sandton, na Mesa Redonda em que participaram os seus homólogos da China e da África do Sul, Xi Jinping e Jacob Zuma, co-presidentes da Cimeira sino-africana, e Nkosazana Zuma, presidente da Comissão da União Africana (UA), entre outros lideres africanos, Nyusi disse que África, em geral, e Moçambique, em particular, precisam de conhecimentos sistematizados e consolidados, tecnologias e de investimento e compromisso e atitude para levar a bom porto a agenda rumo a um desenvolvimento sustentável.
O Chefe de Estado moçambicano apontou ainda como desafios com os quais o Fórum deve se comprometer a luta comum contra a pobreza, epidemias, desemprego, efeitos das mudanças climáticas, bem como contra o extremismo radical, imigração ilegal e contra a desobediência a governos democraticamente eleitos.
Nyusi enalteceu os esforços empreendidos pelo governo chinês para o sucesso do plano de acção 2013-2015 e pela correspondência dos países africanos. Para esse último triénio, a China alocará para África 20 biliões de dólares.
Moçambique esta convicto que o plano para 2016-2018 vai reforçar a cooperação sino-africana e proporcionar o desenvolvimento dos países africanos, disse Nyusi, que participa pela primeira vez no Fórum de Cooperação China-África na qualidade de Presidente da República, encorajando este país asiático a continuar a priorizar África na sua política externa.
O Presidente chinês anunciou na abertura da Cimeira, que hoje termina, que o seu país vai providenciar 60 biliões de dólares para financiar projectos para impulsionar o desenvolvimento dos países africanos nos próximos três anos. Anunciou ainda a concessão de 160 milhões de dólares para apoiar os países afectados pela seca e criação de capacidade de resposta para minimizar os efeitos das calamidades naturais.
Além de participar na Cimeira, o Chefe de Estado moçambicano manteve um encontro com o Presidente chinês, interagiu com outros estadistas e recebeu representantes de duas companhias chinesas do sector das comunicações.